Sobre a prática da queima do “lixo” de matéria orgânica.

Ernest Gotsch, cientista suiço, nascido em 1948, diz que solo coberto e protegido é o primeiro dos passos do sistema que garatem a fertilidade do solo.
Sucessão de espécies consorciais complexos e dinâmicas podas irão em pouco tempo promover a transformação e formação da terra mais fértil do que a inicialmente encontrada. A matéria orgânica resultante da roçagem, das podas, do recolhimento das folhas desprendidas das árvores, deverão ser organizadas em ninhos que nos próximos episódios receberão conjunto de sementes e mudas.
Com o reaproveitamento da matéria orgânica resultante da poda ou roçagem, Ernest relata um aumento de dois a três centímetros da camada superficial do solo.
Ele discute os malefícios do fogo no preparo da área para a plantação.
A experiência desenvolvida por Ernest, chamada de agricultura sintrópica, pode ser acompanhada pela internet através da execução dessa cultura no sul da Bahia, numa fazenda de 480 hectares de área degradada que usava métodos tradicionais e arcaicos como o fogo, o plantio sistemático de uma mesma cultura, hoje transformada, recuperada, onde se viu renascer os cursos d’água, e, 350 hectares foram transformados em RPPN, a primeira da Bahia.
O projeto desse cientista e agricultor é ambicioso, pois pretende recuperar grande extensões de terras improdutivas em locais férteis, mas nós podemos executá-la em pequena escala, deixando as folhas proteger a terra, reservando um local onde acumular as maiores quantidades, e experimentarmos fazer o plantio conforme ele recomenda.
Além de nos comprometer com algo novo, deixamos de incomodar os vizinhos com a fumaça.
Quem se aventurar, favor compatilhar experiência.
A minha experiência é que, com a retirada das folhas que caiam no meu terreno, percebi que a terra estava ficando rachada, uma visão que me remetia as terras secas do nordeste. Hoje elas ficam assentadas no solo, mesmo porque, folha não é sujeira, como a jardineira queria me fazer crer.